Confiança empresarial caiu 33,7 pontos em abril

A Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 33,7 pontos em abril, para 55,8 pontos, menor nível da série histórica iniciada em 2001 e 12,2 pontos abaixo do ponto de mínimo anterior, registrado em setembro de 2015 (68 pontos).

Aires Andrade 30/04/20 às 07:30
Confiança empresarial caiu 33,7 pontos em abril

A Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 33,7 pontos em abril, para 55,8 pontos, menor nível da série histórica iniciada em 2001 e 12,2 pontos abaixo do ponto de mínimo anterior, registrado em setembro de 2015 (68 pontos).

'A crise de saúde e seu reflexo sobre a economia levaram os índices de confiança a despencar em abril. Chama atenção o fato de as expectativas em relação aos três meses seguintes estarem ainda piores do que as avaliações sobre a situação atual, num mês em que o nível de utilização da capacidade na indústria recuou ao menor valor dos últimos 20 anos e em que boa parte dos setores do comércio e de serviços estiveram de portas fechadas. Enquanto houver esta combinação de nível de atividade extremamente baixo e de elevadas incertezas quanto ao futuro, infelizmente, a confiança empresarial continuará muito baixa' afirma Aloisio Campelo Jr, Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV IBRE.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

O índice que retrata a situação corrente dos negócios (ISA-E) recuou 30,4 pontos em abril, para 61,5 pontos, o menor da série histórica, retratando forte insatisfação com o momento atual da economia. O Índice de Expectativas (IE-E) cedeu 36,2 pontos para 51,5 pontos, também o mínimo da série, mostrando pessimismo com relação ao futuro próximo.

Pelo segundo mês consecutivo o IE-E fechou abaixo do ISA-E, resultado influenciado por previsões muito pessimistas para os próximos três meses. O Indicador de Demanda Prevista (três meses) caiu a 36,9 pontos e o Indicador de Emprego Previsto (idem) recuou a 50,7 pontos. Já o único componente do IE-E que mira no horizonte de seis meses, o Indicador de Expectativas com a Situação dos Negócios, recuou a 59,0 pontos, valor não muito distante do nível do ISA-Empresarial.

A confiança de todos os setores integrantes do ICE despencou em abril. As maiores quedas ocorreram nos setores da Indústria e Serviços e, com recuos de 39,3 e 31,7 pontos, respectivamente, seguidos do Comércio e Construção, com variações negativas de 26,9 e 25,8 pontos. Em todos os setores houve deterioração da situação atual e das expectativas. A maior queda do ISA ocorreu no Comércio (33,5 pts.), e a maior piora nas expectativas, ocorreu na Indústria (46,6 pts.).

Precisa de ajuda profissional? Fale conosco. Preciso de ajuda profissional