Cenário de cautela após uma quarta-feira com decisões dos bancos centrais.

Quinta-feira começa com o sinal negativo predominando nos mercados internacionais, os bancos centrais continuam concentrando as atenções dos agentes financeiros.

Marlon Scatolin 17/09/20 às 18:22
Cenário de cautela após uma quarta-feira com decisões dos bancos centrais.

Quinta-feira começa com o sinal negativo predominando nos mercados internacionais, os bancos centrais continuam concentrando as atenções dos agentes financeiros.

Os investidores devem repercutir os comunicados que acompanharam as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos e analisar também os anúncios do BC inglês e japonês.

Os investidores, que passaram a quarta-feira em compasso de espera pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, reagiram negativamente ao comunicado emitido pelo Federal Reserve.

O banco central americano manteve inalterada a sua taxa básica de juros, na faixa entre 0% e 0,25% ao anos, o que já era dado certo pelos analistas. No comunicado, a autoridade monetária afirmou que deve tolerar uma taxa de inflação acima de 2% por 'algum tempo', o que desagradou os investidores, já que o esperado era que a tolerância se desse 'de maneira sustentável'.

Seguindo o movimento de queda das bolsas americanas, o Ibovespa encerrou o dia com recuo de 0,62% e as ishares com uma alta de 0,19%. O dólar acompanhou e caiu 0,96%, a R$ 5,2384.

Hoje os investidores locais irão reagir ao comunicado do Banco Central, emitido no começo da noite de ontem. O BC encerrou o ciclo de nove cortes seguidos e confirmou a expectativa de manutenção da taxa Selic em 2% ao ano.

No comunicado da decisão, a autoridade monetária sinalizou que a Selic deve se manter na mínima histórica por um longo período, até quem sabe meados de 2022.

Uma preocupação recente do mercado, o Copom reconheceu que a inflação deve aumentar no curto prazo, com a alta 'temporária' nos preços dos alimentos, mas avaliou que os números permanecem abaixo dos níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária.

Uma certa decepção, sem a sinalização de novas medidas de estímulo pelo Federal Reserve e a visão de que alguns setores da economia americana irão demorar para se recuperar, os investidores seguem reagindo de forma negativa ao comunicado do banco central americano.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa durante a madrugada. Na região, o dia também foi marcado pela decisão de política monetária do BC japonês, que a manteve inalterada.

Na Europa, o sentimento de decepção com a falta de novos estímulos também é sentido, com as principais praças operando em queda.

Na região, hoje é dia de conhecer a decisão do Banco da Inglaterra (BoE). Os investidores aguardam pistas sobre novas rodadas de estímulos.

Em Nova York, os índices futuros começam o dia em queda.

Na agenda de hoje temos O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa hoje de evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) (17h). O Ministério da Economia também divulga o boletim Prisma Fiscal, com as projeções do mercado para dados fiscais (10h).

Lá fora, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulga os dados semanais de auxílio-desemprego (9h30). na Inglaterra, o banco central anuncia a decisão de política monetária (8h).

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