DÓLAR E JUROS RECUAM COM ALÍVIO NA INFLAÇÃO LOCAL E APETITE POR RISCO LÁ FORA

O dólar opera em baixa e juros futuros acompanham em meio ao apetite por ativos de risco no exterior, que apoia rali nas bolsa: alta de juros dos Treasuries e queda do dólar ante pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities.

Aires Andrade 17/05/22 às 09:51
DÓLAR E JUROS RECUAM COM ALÍVIO NA INFLAÇÃO LOCAL E APETITE POR RISCO LÁ FORA

  A desaceleração maior do IGP-10 ajuda a sustentar também o alívio nos juros e corrobora com o cenário de que o ciclo de aperto da Selic não deve ir além de 13,5%, após as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, que disse ontem que "a taxa de juros parada por mais tempo é melhor, mas nem sempre possível". A Selic está atualmente em 12,75% ao ano.


  O índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) arrefeceu a 0,10% em maio, após ter aumentado 2,48% em abril, dentro das estimativas dos analistas do mercado fi-nanceiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,51% a uma alta de 0,45%, mas inferior à mediana positiva de 0,22%. O recuo no custo da energia elétrica, devido ao fim da cobrança extra sobre as contas de luz decorrente do acionamento da bandeira tarifária de Escassez Hidrica, puxou a desaceleração no IGP-10.

 

  Outros dois indicadores de preços também desaceleraram. O índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 1,04% na segunda quadrissemana de maio, ante ganho de 1,33% observado na primeira quadrissemana deste mês, de acordo com dados publicados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). E o índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) cheio desacelerou de 0,83% para 0,41% entre a primeira e a segunda leituras deste mês.

 

  Em Nova York, os índices futuros operam em alta de mais de 1% nesta manhã, sugerindo firme recuperação de perdas recentes, apesar de dúvidas sobre a aquisição do Twitter por Elon Musk e o balanço trimestral pior do que esperado do Walmart, fatores que derrubam as ações das empresas nos negócios do pré-mercado.

 

  Logo mais, investidores vão acompanhar dados de vendas no varejo e de produção industrial dos EUA, além de falas dos presidentes do Fed, Jerome Powell (15h00), do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde (14h00), e de dirigentes do Fed: James Bullard, de St Louis (9h00); Neel Kashkari, de Minneapolis (13h30); Loretta Mester, de Cleveland (15h30); Charles Evans, de Chicago (19h45). Na renda fixa, há expectativas pelo leilão de títulos do Tesouro (11H).

 

Às 9h15, o dólar à vista caía 1,11%, a R$ 4,9954. 0 dólar futuro para junho caía 1,31%, a R$ 5,0145. No mercado secundário de juros, o contrato de depósito interfinanceiro (Di) para janeiro de 2023 caía a 13,325%, de 13,395% no ajuste de ontem. O Di para janeiro de 2025 cedia a 12,415%, de 12,46% no ajuste de ontem. E o DI para janeiro de 2027 recuava a 12,175%, de 12,19% no ajuste de ontem.

 

Fonte: Broadcast/ Por: Silvana Rocha.

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