Mercados novamente no vermelho e tensão em Brasília.

Depois dos dias de ganhos expressivos, os agentes financeiros globais colocam o pé no freio. As razões para esse movimento também são velhas conhecidas: a segunda onda na Europa parece mais forte do que nunca e a economia global parece não se recuperar na velocidade desejada.

Marlon Scatolin 12/11/20 às 08:05
Mercados novamente no vermelho e tensão em Brasília.

Depois dos dias de ganhos expressivos, os agentes financeiros globais colocam o pé no freio. As razões para esse movimento também são velhas conhecidas: a segunda onda na Europa parece mais forte do que nunca e a economia global parece não se recuperar na velocidade desejada.

A volta dos ruídos políticos em Brasília deixa o mercado local apreensivo, mas o dia é recheado de balanços corporativos para serem digeridos - o que pode ajudar o Ibovespa a limitar as perdas e até mesmo tentar fôlego para se manter no azul. Após seis altas consecutivas, a bolsa brasileira interrompeu a sequência positiva nesta quarta-feira. A razão para o azedume nos mercados foram as falas do presidente Jair Bolsonaro feitas na véspera.

 

Com essa nuvem cinza em Brasília, o Ibovespa caiu 0,25%. O dólar também foi pressionado, subindo 0,4%, a R$ 5,4161 no spot

Coronavírus em pauta novamente, se uma possível vacina animou os investidores nos últimos dias, hoje é a preocupação com a possibilidade de uma segunda onda e uma recuperação econômica mais lenta que dita o ritmo dos negócios.

A preocupação com uma recuperação econômica aquém da velocidade esperada é sustentada por dados fracos da economia europeira. A produção industrial da zona do euro e do Reino Unido frustraram as expectativas e vieram abaixo das estimativas.

Outro ponto de tensão que começa a pesar nos mercados é a transição de poder nos Estados Unidos, que se mostra cada vez mais complicada para o democrata e presidente eleito Joe Biden. No entanto, Biden segue tocando o processo e começa a anunciar os primeiros nomes do seu gabinete.

As altas recentes também deflagram um movimento de realização de lucros. Assim, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda durante a madrugada. Os índices futuros em Nova York e as principal praças europeias também operam no vermelho.

Na agenda de hoje temos o volume de serviços do Brasil em setembro (9h). A expectativa é de que o índice avance 1,6% no mês ante agosto.

Nos Estados Unidos, dados da inflação são aguardados (CPI - 10h30), assim como um pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

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