Morning Call 08/05

No mercado doméstico, os investidores seguem monitorando de perto Brasília, onde as falas do presidente Jair Bolsonaro e a deterioração da relação do Executivo com o Congresso seguem mexendo com os ânimos do mercado. Mas, para além das crises políticas, indicadores econômicos imp...

Marlon Scatolin 08/05/20 às 07:03
Morning Call 08/05

No mercado doméstico, os investidores seguem monitorando de perto Brasília, onde as falas do presidente Jair Bolsonaro e a deterioração da relação do Executivo com o Congresso seguem mexendo com os ânimos do mercado. Mas, para além das crises políticas, indicadores econômicos importantes são muito aguardados hoje.

No Brasil, temos o IPCA de abril, número que pode continuar pressionando o dólar, se as projeções de deflação se confirmarem.

O dia também começa marcado pela expectativa do 'payroll', o relatório de emprego americano. Os especilistas esperam que a taxa salte até 15%, refletindo o impacto do coronavírus na economia americana. Enquanto isso, os investidores comemoram o aparente alívio da tensão entre Estados Unidos e China, o que mantém os negócios no campo positivo.

Aparentemente, Estados Unidos e China estão tentando reverter a tensão criada nos últimos dias entre os países - e que tem se refletido no mercado.

O Ibovespa teve uma quinta de grande instabilidade, descolando no clima positivo visto no exterior e deixando de pegar carona na queda da Selic. O principal índice da bolsa brasileira fechou em baixa de 1,20%, e as ishares fecharam com uma queda de 3,19%.

Já o dólar teve um dia de alta pressão, refletindo a surpresa do corte efetuado pelo Banco Central na taxa básica de juros, e renovou mais uma vez as máximas, fechando o dia com o recorde nominal de R$ 5,8409, após avanço de 2,43%. Pesou para a bolsa brasileira a aprovação pelo Senado do pacote de auxílio financeiro aos Estados e municípios, sem a contrapartida exigida pelo Ministro Paulo Guedes.

Às 9 horas temos os dados da inflação oficial, o IPCA. A estimativa dos analistas é de deflação, o que deve pressionar ainda mais o câmbio.

Lá fora, o destaque é o payroll, com os analistas projetando o que deve ser a maior taxa da série histórica.

Na Europa, o Eurogrupo se reúne para discutir a pandemia de covid-19.

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