Dados melhores devem intensificar as apostas em uma taxa Selic mais estável na próxima reunião.

Investidores locais aguardam com expectativa os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial de junho -, e dados do volume de serviços de maio. Após meses de deflação e queda no setor de serviços, os números de hoje devem apontar uma recuperação.

Marlon Scatolin 10/07/20 às 14:40
Dados melhores devem intensificar as apostas em uma taxa Selic mais estável na próxima reunião.

Investidores locais aguardam com expectativa os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial de junho -, e dados do volume de serviços de maio. Após meses de deflação e queda no setor de serviços, os números de hoje devem apontar uma recuperação.

Caso as expectativas dos investidores se confirmem, os dados podem impulsionar a bolsa de volta aos 100 mil pontos, mesmo com o cenário mais cautelo no exterior devido ao avanço do coronavírus nos Estados Unidos.

A agenda desta sexta-feira também ajuda os investidores a renovarem suas apostas para a taxa Selic. Com os últimos dados mostrando uma recuperação maior do que o esperado, a manutenção da taxa no patamar de 2,25% ao ano passou a ser mais apreciada pelo mercado.

O Ibovespa bem que tentou, mas não conseguiu manter a marca dos 100 mil pontos na última quarta-feira. Logo pela manhã o principal índice da bolsa voltou ao mais alto patamar desde o início da crise, aos 100.191 mil pontos, mas logo em seguida passou a acompanhar a cautela vista no exterior.

No fim do dia, o Ibovespa fechou a sessão em queda de 0,61%e as ishares com uma queda de 0,75%. O dólar caiu 0,21%, a R$ 5,33 no a vista

Hoje, a divulgação de dados mais fortes do IPCA podem impulsionar a bolsa brasileira de volta ao patamar dos 100 mil.

Falando um pouco sobre inflação e juros hoje, está a divulgação da inflação oficial de junho.

Caso a previsão de um avanço entre 0,24% e 0,38% se confirme, os investidores devem voltar a apostar em uma manutenção na Selic em 2,25% na próxima reunião, em agosto. Com os dados recentes da economia, apenas 30% dos investidores precificam um novo corte. O mercado também repercute a entrevista dada por Roberto Campos Neto na última quinta-feira, que mostrou otimismo com a recuperação da economia. Segundo o presidente do Banco Central, os resultados da inflação já começam a mostrar números acima das expectativas.

Os Estados Unidos seguem batendo novos recordes diários de casos do novo coronavírus, ampliando o temor de que novas medidas de isolamento sejam necessárias no país. Ontem, os EUA registram quase 65 mil novos infectados.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a covid-19 não está controlada na maior parte do mundo.

A apreensão fez os mercados asiáticos fecharem em baixa, interrompendo o rali que durava mais de uma semana na região.

Na Europa, o sentimento de cautela também predomina, mas as principais praças conseguem se manter próximos da estabilidade. Os índices futuros em Nova York operam no campo negativo.

Na agenda de hoje temos além dos dados da inflação, no Brasil também temos os números do volume de serviços de maio. A expectativa é que após três meses de quedas o número volte ao campo positivo.

Nos Estados Unidos o dia é marcado pela divulgação da inflação ao produtor (PPI) de junho 9:30 e dados e dados sobre poços e plataformas em atividade 14:00.

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