Expectativa de inflação dos consumidores avança em abril

A Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou nesta sexta-feira, 24, que a expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses subiu 0,3 ponto percentual em abril, para 5,1%, o maior valor desde julho de 2019 (5,3%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior,...

Aires Andrade 24/04/20 às 11:00
Expectativa de inflação dos consumidores avança em abril

A Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou nesta sexta-feira, 24, que a expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses subiu 0,3 ponto percentual em abril, para 5,1%, o maior valor desde julho de 2019 (5,3%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve redução de 0,2 ponto percentual.

'A antecipação de compras para formação de estoques a partir da segunda quinzena de março, quando muitas grandes cidades iniciaram medidas de isolamento social, pressionou os preços de alimentos, levando consumidores a rever para cima suas expectativas de inflação. Este resultado deve ser passageiro, considerando que o nível de atividade continuará muito fraco por um tempo mantendo baixa também a inflação', afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da FGV IBRE.

Analisando a frequência da inflação prevista por faixas de respostas, 45,6% dos consumidores projetaram valores abaixo da meta de inflação (4,0%) em abril, a menor parcela dos últimos seis meses. Por outro lado, a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação (acima de 5,5%) para 2020 aumentou de 30,4% para 35,9%, a maior parcela nos últimos seis meses.

Na análise por faixas de renda, todas as famílias, principalmente as de menor poder aquisitivo, aumentaram suas expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes. Para as famílias com renda até R$ 2,1 mil houve aumento de 5,9% para 6,2% enquanto para as famílias com renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil as expectativas subiram de 5,0% para 5,6%. Quanto às famílias de renda acima de R$ 9,6 mil, suas expectativas cresceram 0,1% após permanecer sete meses no mínimo valor histórico (4,0%).

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