Exterior e inflação ditam o dia de hoje.

Nos últimos dias, a aposta em novos estímulos fiscais nos Estados Unidos deve seguir ditando o ritmo dos negócios Os investidores estão otimistas com a última conversa entre a presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro do governo, que discutiram mais uma...

Marlon Scatolin 09/10/20 às 17:21
Exterior e inflação ditam o dia de hoje.

Nos últimos dias, a aposta em novos estímulos fiscais nos Estados Unidos deve seguir ditando o ritmo dos negócios Os investidores estão otimistas com a última conversa entre a presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro do governo, que discutiram mais uma vez a possibilidade de um acordo de estímulos amplo para a economia americana.

No Brasil, os investidores aguardam a divulgação dos dados da inflação medida pelo IPCA. A expectativa é que o índice avance cerca de 0,54%.

Toda a preocupação do mercado doméstico com a situação fiscal e ruídos políticos ficou de lado nesta quinta-feira.Acompanhando o bom humor dos investidores internacionais, a bolsa brasileira fechou o dia em forte alta de 2,51%, aos 97.919,73 pontos. O dólar encerrou a sessão em queda de 0,65%, a R$ 5,58.

A expectativa do UBS BB de que os grandes bancos entreguem resultados positivos no terceiro trimester ajudou o Ibovespa a manter o tom positivo nos negócios.

Aqui no Brasil, deve repercutir bem entre os investidores nesta sexta-feira a aparente aliança entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em torno da PEC Emergencial.

Os dois esperam acelerar o processo de aprovação da medida, que é essencial para conter despesas e servirá de base para a criação do programa Renda Cidadã.

Em entrevista, Maia afirmou que se tiver que escolher uma prioridade número um para ser aprovada ainda em 2020, seria a PEC Emergencial. Guedes, por sua vez, agradeceu o apoio de Maia. "Estamos juntos pelas reformas. O Brasil está acima de quaisquer diferenças que possamos ter, e elas são pequenas”, disse o ministro.

Novamente estímulos no radar dos investidores, a alta vista no exterior foi alavancada pelas conversas em torno de novos estímulos à economia americana.

Após o presidente Donald Trump anunciar a possibilidade de aprovação de medidas fatiadas, a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, negou o pacote de socorro ao setor aéreo, mas segue buscando um acordo mais abrangente.

No fim da tarde de ontem, a democrata e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, conversaram por telefone sobre o pacote, o que mantém a possibilidade de novos estímulos no radar dos investidores.

O cenário repercutiu bem nas bolsas asiáticas durante a madrugada, com a maioria das sessões fechando em alta. Na região, os investidores também digeriram o avanço do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da China, que avançou de 54 para 54,8, segundo a IHS Markit.

Assim como nos últimos dias, a aposta em novos estímulos fiscais nos Estados Unidos deve seguir ditando o ritmo dos negócios. Os índices futuros em Nova York indicam mais um dia de alta.

Na Europa, os investidores também aproveitam para ir às compras, mas as principais praças exibem sinais mistos. Pesa nos negócios do velho continente o aumento do número de casos de covid-19 na zona do euro.

Na agenda de hoje no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga a inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA) (9h). A mediana da previsão dos analistas é que o índice avance 0,54%.

No exterior, os principais destaques ficam com o discurso do presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, e do economista-chefe do Banco da Inglaterra.

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