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As relações entre Estados Unidos voltaram a azedar durante o fim de semana e pesam nos mercados nesta segunda-feira. Após declarar que a China 'cometeu um erro' ao 'esconder e demorar a avisar sobre a covid-19', o presidente Donald Trump informou que não irá reduzir ainda mais as tarifas comerciais impostas ao país, mesmo com os acordos firmados antes da pandemia.

Na semana passada Trump já havia ameaçado impor novas tarifas sobre os produtos chineses pela 'culpa' chinesa no surto. A tensão entre as duas maiores economias do mundo voltam a escalar em um momento que mais de 3,5 milhões de pessoas já foram infectados no mundo todo. O presidente americano, no entanto, acredita que uma vacina será obtida até o fim de 2020.

Trump ainda afirmou que os Estados Unidos estão prontos para uma abertura progressiva da economia e categorizou a estratégia americana como 'o melhor sistema de testes' e com o 'maior número de respiradores' do mundo.

Com essa tensão entre os dois gigantes, as bolsas da Ásia fecharam em queda. Hoje é feriado na China e no Japão, as bolsas da Europa abrirem em queda e levou para o terreno negativo os futuros de Nova York. Hong Kong fechou com queda de -4,18%.

Sexta-feira, dia de feriado no Brasil, com a B3 fechada, o principal índice de ADRs (na prática, as ações de empresas de fora dos EUA negociadas em Nova York) do Brasil fechou com forte queda seguindo o dia de mau humor nas bolsas americanas. O Dow Jones Brazil Titans 20 ADR fechou na sexta com queda de 4,23%,

Na agenda de hoje, o Banco Central publica às 8h25 a pesquisa semanal Focus. Já a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga a partir das 8h o IPC-S da última semana de abril. Na Zona do Euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) caiu para 33,4 pontos em abril, o menor da série histórica. O PMI industrial do Brasil deverá ser divulgado às 10h e o dos Estados Unidos às 11h.