A espera do resultado da eleição americana.

Apuração dos votos da eleição presidencial da maior economia mundial ainda não está concluída e deve seguir por mais algum tempo antes que o vencedor seja anunciado. O mundo acompanha de perto a contagem de cada voto. No entanto, a perspectiva de que Donald Trump conteste o resultad...

Marlon Scatolin 04/11/20 às 18:20
A espera do resultado da eleição americana.

Apuração dos votos da eleição presidencial da maior economia mundial ainda não está concluída e deve seguir por mais algum tempo antes que o vencedor seja anunciado. O mundo acompanha de perto a contagem de cada voto. No entanto, a perspectiva de que Donald Trump conteste o resultado - se sair perdedor - tem deixado os investidores apreensivos.

O pleito deve seguir sendo o principal motor dos mercados nesta quarta-feira, deixando em segundo plano a preocupação dos investidores com o crescimento do número de casos do coronavírus na Europa e as novas medidas de isolamento social. No velho continente, dados melhores do que o esperado das economias locais ajudam a aliviar a nuvem de tensão com a contagem dos votos nos EUA

Antes mesmo da apuração ser concluída, o presidente americano Donald Trump já declarou a sua vitória e prometeu ir à Suprema Corte para combater a "fraude" da contagem de votos por correios. Já Joe Biden ainda se mostra confiante e pediu para que os seus apoiadores mantenham a fé.

A apuração dos votos encontra-se em um momento delicado, com atrasos e adiamentos das contagens em três Estados-chave - Pensilvânia, Michigan e Wisconsin.

Por volta das 8h, o democrata Joe Biden liderava a corrida, com 238 delegados computados, contra 213 de Donald Trump. Para declarar vitória, é necessário o número mínimo de 270 delegados.Com o temor de que o resultado das eleições vire um imbróglio judicial e um cenário pior do que o projetado para os democratas, as bolsas europeias abriram o dia em queda. No entanto, dados melhores do que o esperado da atividade econômica das economias da região puxaram um movimento de recuperação, que colocou parte das principais bolsas da região no azul.

O índice de preços ao produtor (PPI) da zona do euro veio em linha com o estimado pelos analistas, mas os índices de gerentes de compras (PMI) da região e da Alemanha superaram a leitura prévia. A exceção foi o Reino Unido, onde o indicador foi ao menor nível desde junho.Nos Estados Unidos, enquanto se espera a finalização da contagens dos votos, os índices futuros operam com sinais mistos - enquanto o S&P e o Nasdaq avançam, o Dow Jones opera com leve queda.Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam o dia majoritariamente em alta, de olho nas eleições americanas.

Enquanto as bolsas internacionais se recuperavam do tombo da semana passada, a bolsa brasileira esteve fechada para a celebração do Dia de Finados.

No entanto, o Ibovespa foi atrás do tempo perdido nesta terça-feira e buscou a sua parte da recuperação. O principal índice da bolsa brasileira seguiu o otimismo visto no exterior e subiu forte, na expectativa pelo encerramento da eleição presidencial norte-americana. O avanço da covid-19 na Europa e a instalação de novas medidas de isolamento social - que derrubaram as bolsas globais na semana anterior - ficaram em segundo plano.

O principal índice acionário da B3 fechou o dia em alta de 2,16%. Já no câmbio, a história foi um pouco diferente. Os investidores pesaram as preocupações com a situação política e fiscal do país e recorreram ao dólar como um ativo de proteção. Ao fim do dia, a moeda americana apresentou alta de 0,4%, a R$ 5,7622.

continua cheia.

No Brasil, é dia de divulgação da produção industrial do país em setembro (9h).No exterior, o destaque do dia é a leitura do índice de gerentes de compras (PMI) composto dos Estadis Unidos (11h45) e o relatório ADP sobre a geração de empregos no setor privado da maior economia do mundo (10h15).

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