Depois do resultado positivo da véspera, o índice futuro do Ibovespa inicia a jornada desta terça-feira com perdas de 0,15% aos 117.525 pontos, enquanto o dólar soma 0,25% a R$ 4,1569. O mercado realiza lucros da sessão anterior, enquanto espera a assinatura do acordo comercial entre Estados Unidos e China amanhã.
- Cenário Interno
O volume de serviços recuou 0,1% em novembro, na comparação com o mês anterior, após dois resultados positivos em setembro e outubro. Já em relação a novembro de 2018, houve crescimento de 1,8%, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (14) pelo IBGE. No acumulado do ano, o setor avançou 0,9%.
Para o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a leitura do mês mostra um saldo positivo para o setor no ano. “É uma acomodação dos últimos dois resultados. Tivemos setembro com alta de 1,5% e outubro com alta de 0,8%, acumulando 2,2% no período. Se analisamos de julho a novembro, o volume de serviços cresceu 2,9%”, explica, lembrando que o volume de serviços ainda está 9,8% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014.
De outubro para novembro, houve quedas em três das cinco atividades: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,7%), serviços de informação e comunicação (-0,4%) e serviços prestados às famílias (-1,5%).
- Cenário Externo
As exportações da China subiram pela primeira vez em cinco meses em dezembro e mais do que o esperado, sinalizando uma modesta recuperação na demanda no momento em que Pequim e Washington concordaram em aliviar sua guerra comercial.
As duas maiores economias do mundo deverão assinar a fase 1 do acordo comercial na quarta-feira, marcando um significativo alívio mas não o fim da disputa.
Após um ano difícil, as exportações da China terminaram 2019 em alta, subindo 7,6% em dezembro sobre o ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta terça-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters era de aumento de 3,2%, após queda de 1,3% em novembro.
China – Acordo Comercial
A China prometeu comprar quase 80 bilhões de dólares em produtos manufaturados adicionais dos Estados Unidos ao longo dos próximos dois anos como parte da trégua na guerra comercial, de acordo com uma fonte.
Sob os termos do acordo comercial a ser assinado na quarta-feira em Washington, a China também comprará mais de 50 bilhões de dólares a mais em oferta de energia, e ampliará as compras de serviços dos EUA em cerca de 35 bilhões de dólares no mesmo período de dois anos, disse a fonte à Reuters na segunda-feira.
A fase 1 do acordo determina que as compras chinesas de produtos agrícolas dos EUA aumentem em cerca de 32 bilhões de dólares em dois anos, ou cerca de 16 bilhões por ano, disse a fonte, que foi informada sobre o acordo.
China – Economia
A China buscará um bom começo para o desenvolvimento econômico no primeiro trimestre de 2020 e acelerará a emissão de títulos especiais para investimentos em infraestrutura por governos locais, informou a rádio estatal chinesa, citando comentários do primeiro-ministro Li Keqiang.
Li também reiterou que a China manterá sua atividade econômica dentro de um intervalo razoável em 2020 e que orientará as instituições financeiras a aumentarem o apoio ao setor manufatureiro, companhias privadas e pequenas e médias empresas, segundo a notícia.
Zona do Euro
O crescimento e a inflação da zona do euro parecem estar se estabilizando após grandes quedas no ano passado, justificando o prolongado estímulo do Banco Central Europeu, disse nesta terça-feira o membro do conselho do BCE Yves Mersch.
O BCE aprovou uma série de medidas de apoio em setembro apesar da oposição de muitas autoridades, na esperança de deter um declínio persistente no crescimento que até levantou temores de recessão, principalmente na Alemanha, a maior economia do bloco.
“A economia certamente está dando bons sinais de estabilização ... e o mesmo vale um pouco para a inflação”, disse Mersch durante uma conferência financeira em Frankfurt.
BOLSAS INTERNACIONAIS
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,73%, a 24.025 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,24%, a 28.885 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,28%, a 3.106 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,34%, a 4.189 pontos.
Na Europa, o dia é de perdas, mas com os índices perto da estabilidade. Em Frankfurt, o DAX cede 0,04% aos 13.446 pontos, com o FTSE, de Londres, recuando 0,01% aos 7.615 pontos. Já em Paris, o CAC cai 0,15% aos 6.027 pontos.
COMODITIES
A jornada desta terça-feira foi marcada por importante avanço nas cotações dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de operações, com data de vencimento para maio deste ano, teve valorização de 2,13% a 671,50 iuanes por tonelada, o que representa um avanço de 14 iuanes em relação aos 657,50 iuanes por tonelada de liquidação da véspera.
No mesmo sentido, o segundo dia da semana também teve ganhos para os preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato de maior liquidez, com entrega para maio de 2020, somou 21 iuanes para 3.570 iuanes por tonelada, enquanto que o de janeiro, o mais curto, avançou 88 iuanes para 3.925 iuanes por tonelada.
O dia também tem ganhos nos preços do petróleo. O barril do tipo Brent, de Londres, soma 0,86%, ou US$ 0,55, a US$ 64,75. Já em Nova York, o WTI ganha 0,71%, ou US$ 0,41, a US$ 58,49.
AGENDA DE AUTORIDADES
- Jair Bolsonaro
O presidente da República inicia a terça-feira recebendo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio. Na parte da tarde, tem reunião com Paulo Guedes, ministro da Economia e, em seguida, com Gustavo Canuto, Ministro de Estado do Desenvolvimento Regional. O dia chega ao fim com reunião com o almirante de esquadra Celso Luiz Nazareth, Chefe do Estado-Maior da Armada.
- Paulo Guedes
Até as 9 horas desta terça-feira, o ministério da Economia não havia divulgado a agenda do ministro para o dia.
Fonte: Investing BR