AVERSÃO AO RISCO MANTÉM ATIVOS EM QUEDA E COM FORTE VOLATILIDADE

A aversão ao risco se mantém expressiva nos mercados em todo o mundo nesta tarde de quinta-feira que sucede as decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.

Aires Andrade 05/05/22 às 15:15
AVERSÃO AO RISCO MANTÉM ATIVOS EM QUEDA E COM FORTE VOLATILIDADE

   O temor de um quadro de "estagflação" global derruba bolsas, valoriza o dólar e eleva os juros em diversas economias. Por aqui, o dólar se afastou das máximas do dia na última hora, mas manteve-se em alta superior a 2%. No mercado de ações, depois de ter caído até 4%, o Ibovespa sustenta perdas em torno de 3%, ainda com dificuldade em retomar o nível dos 105 mil pontos. Os juros futuros sobem nos vencimentos curtos e intermediários, à espera de novo aumento de juros em junho.

 

  Os desdobramentos econômicos da guerra no Leste Europeu também seguem no radar. Com a Europa se distanciando do petróleo, do gás natural e do carvão da Rússia, o presidente Vladimir Putin determinou uma reorientação em larga escala das exportações de commodities do país, com mais embarques para a Ásia, a construção de novos dutos e a expansão de ligações de transporte para o leste. Moscou, contudo, enfrenta dificuldades significativas nesse redesenho do mapa de exportações, colocando sua economia afetada por sanções ainda mais em risco.

 

  No noticiário doméstico, após defender a exclusão do Auxílio Brasil do teto de gastos, o relator do Orçamento de 2023 no Congresso, Marcelo Castro (MDB-PI), defendeu uma revisão na regra e disse ser a favor de furar o teto em algumas circunstâncias, como nos casos de transferência de renda e dos investimentos federais, Uma nova mudança na âncora fiscal, ou mesmo a revogação, entrou no radar da campanha dos principais pré-candidatos à Presidência. "Talvez a gente possa fazer uma reflexão sobre esse teto. Estamos cada vez mais limitando os investimentos porque as despesas que são fixas estão crescendo e você é obrigado a cumprir", disse Castro em entrevista ao Broadcast Político.

 

  Às 14h34, o dólar à vista era negociado a R$ 5,0314, em alta de 2,61%. No mercado futuro, o dólar para liquidação em junho subia 2,24%, aos R$ 5,0725. Na Bolsa, o Ibovespa marcava 105.086,65 pontos, com perda de 3,01%. E na renda fixa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 13,24%, contra 13,04% do ajuste de ontem.

 

FONTE: Broadcast / Por Paula Dias

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