A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta terça-feira, 07, que o Indicador  Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 9,4 pontos em março para 82,6 pontos, menor  nível desde junho de 2016 (82,2 pontos). Apesar da queda, o resultado trimestral  é 1,0 ponto superior ao trimestre anterior. Em médias móveis trimestrais, o  indicador interrompe trajetória positiva ao recuar 2,4 pontos em relação a  fevereiro.  
'O resultado de março mostra os primeiros efeitos da pandemia de coronavírus  na perspectiva sobre o mercado de trabalho. Essa foi a segunda maior queda da  série histórica, ficando atrás apenas da ocorrida na crise de 2008-09. O cenário  negativo deve persistir nos próximos meses, considerando o crescente aumento de  incerteza no país', afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.  
Indicador Coincidente de Desemprego  
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,6 ponto em março, para  92,5 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego,  ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Em médias móveis trimestrais,  mantém-se tendência decrescente, ao recuar 0,9 ponto.  
'O ICD registrou um aumento tímido após três meses de resultados positivos.  Os efeitos do coronavírus ainda não geraram impacto significativo nos  consumidores em março, considerando que as medidas de isolamento foram tomadas a  partir do dia 15. Contudo, é possível supor uma piora do indicador nos próximos  meses, à medida que for ficando mais claro os impactos na economia', continua  Rodolpho Tobler.  
Destaques do IAEmp e ICD  
Todos os sete componentes do IAEmp, recuaram em março, com cinco dos sete  indicadores recuando pelo menos em 7,0 pontos. O destaque do mês é para o  indicador de mede as expectativas para os próximos seis meses e o indicador que  mede a situação corrente dos negócios, ambos no setor de Serviços, que recuaram  24,0 e 15,0 pontos, na margem, respectivamente.  
No mesmo período, o aumento do ICD foi influenciado por três das quatro  classes de renda familiar. A maior contribuição para o resultado do ICD foi dada  pela classe familiar com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800, cujo Emprego Local  Atual (invertido) variou negativamente em 4,6 pontos na margem.